Estreia de Ancelotti diz mais pelo que não aconteceu
O novo ciclo da seleção brasileira, agora com Ancelotti, começou com sobriedade, mas ainda falta alma ofensiva e protagonismo em campo
Newsletter Meiocampo - 6 de junho de 2025
Carlo Ancelotti estreou pela seleção brasileira e vimos que ele terá muito trabalho pela frente depois de um empate bem sem graça, mas com um ou outro ponto positivo. Temos também classificações históricas para a Copa do Mundo, como Uzbequistão e Jordânia. Também passamos por Liga das Nações e por transferências que movimentam a Europa.
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A estreia azzurra de Ancelotti: defesa em destaque, ataque à deriva
Sob comando de Ancelotti, Seleção mostra evolução defensiva, mas ainda sofre com a falta de criatividade e protagonismo no ataque
Por Felipe Lobo
A estreia de Carlo Ancelotti na seleção brasileira gerava expectativa. O Brasil vive um momento ruim em campo, e a chegada de um técnico vitorioso parecia um possível ponto de virada. Se muitos esperavam algo do Real Madrid, as camisas azuis lembraram mais a Itália — não só pela cor, mas pela ênfase defensiva.
Ancelotti tem carisma, títulos e é conhecido por sua flexibilidade tática. Mas, diante de um cenário tão desafiador, pode ter recorrido às raízes italianas: organização e solidez na defesa.
O empate por 0 a 0 contra o Equador, em Quito, foi sem emoção, mas já mostrou diferenças em relação ao que se via com Dorival Júnior e Fernando Diniz.
Defesa: organizada e mais compacta
Começando pelos nomes. Alexsandro, o zagueiro — agora chamado de Alex Ribeiro para evitar confusões com o lateral Alex Sandro — estreou bem. Seguro, venceu todos os duelos (três por baixo e dois por cima), não cometeu faltas e afastou a bola seis vezes.
A defesa funcionou. Vanderson foi firme na marcação, Marquinhos voltou a jogar bem após más atuações pela Seleção, e Alex Sandro fez um jogo seguro pela esquerda. A marcação nas laterais ainda sofreu, mas o sistema mostrou evolução.
Casemiro, de volta com a 5, se destacou. Bem posicionado, venceu os quatro duelos aéreos, não cometeu faltas e teve a melhor chance do time no segundo tempo. Foi o melhor em campo, fechando a entrada da área com autoridade.
Alex Ribeiro e Casemiro simbolizam algo mais importante: um Brasil defensivamente mais compacto, que cedeu menos espaços. Mais do que boas atuações individuais, o time teve um sistema defensivo organizado — algo raro nos últimos tempos.
Para quem havia sofrido 16 gols em 14 rodadas das Eliminatórias, esse é um passo adiante. Mas as boas notícias param por aí.
Meio-campo: participação sem impacto
Gerson foi participativo, mas pouco efetivo. Foi quem mais se projetou ao ataque, sem grande resultado. Pode render mais — é inteligente e técnico, mas falta intensidade. Precisa de equilíbrio com outros meio-campistas.
Bruno Guimarães teve desempenho apagado. Posicionado corretamente, razoável na marcação, mas inofensivo com e sem a bola. Sua substituição demorou. Vem rendendo muito abaixo do que mostra no Newcastle, onde é destaque e vai disputar outra Champions.
O Brasil tem boas alternativas: Andrey Santos (intenso e com chegada), Andreas Pereira (organização e visão) e Éderson (marcação forte e presença ofensiva). Diante do desempenho fraco da dupla titular, os três merecem mais espaço.
Ataque: isolado e improdutivo
Richarlison foi a escolha de Ancelotti por causa do bom desempenho sob seu comando no Everton. Mas a versão atual está longe daquela. Em campo, teve dificuldades e não deu sequência a jogadas. Recebeu elogios pela pressão na saída de bola, mas é pouco.
No Tottenham, já não emplaca boas atuações há tempo. Contra o Equador, ficou tempo demais em campo. Matheus Cunha entrou bem e deu ao time o que o próprio Ancelotti reconheceu: mais controle. O treinador disse que o time precisará disso contra o Paraguai, e Cunha, agora no Manchester United, pode ganhar a vaga.
Estevão, em sua estreia como titular, ficou isolado na ponta direita. Bem marcado, mal participou. Vinícius Júnior, do outro lado, também produziu pouco. Ancelotti o elogiou — talvez para preservar a confiança. O fato é que o ataque não funcionou.
Raphinha de volta e a camisa 10
Com a volta de Raphinha, é provável que Estevão volte ao banco. Talvez o camisa 10 passe a ser dele. Contra o Equador, quem usou foi Vinícius Júnior, que normalmente veste a 7 — número que foi para Gerson. A escolha da 10 pode ter sido simbólica: Ancelotti pode ter buscado dar peso à numeração. Raphinha, experiente e talentoso, já vestiu esse número antes e pode reassumir.
Mentalidade: o principal desafio
O Brasil precisa melhorar em muitos aspectos. A defesa mostrou progresso. O meio-campo, mesmo ainda problemático, foi mais sólido defensivamente. É possível render mais com ajustes e com outros nomes.
Ancelotti tem o desafio de organizar melhor o time, mas também precisa extrair mais dos jogadores. Isso não é novo: já era um problema sob Dorival e Diniz.
No Real Madrid, Ancelotti venceu com um time que alternava entre contra-ataques mortais e controle com Kroos e Modric. Perdeu força quando Kroos saiu e Modric envelheceu. Ainda assim, o diferencial sempre foi a força mental. E talvez esse seja seu maior desafio na Seleção.
Falta aos jogadores chamarem mais o jogo, se aproximarem em campo, assumirem a responsabilidade. Isso também falhou nos trabalhos anteriores. A diferença é que agora há estrutura: o time não está perdido, só distante demais dentro de campo.
Não concordo com a ideia de que o Brasil não tem protagonistas em seus clubes. Como dizer isso de Marquinhos, Vinícius Júnior, Raphinha, Gerson, Bruno Guimarães? Mas, na Seleção, falta a eles assumir esse protagonismo. O técnico pode ajudar, mas não faz tudo sozinho.
Desde 2014, o grupo se acostumou a deixar o peso nas costas de Neymar, então com 22 anos. Hoje, aos 33, ele é uma incógnita. É um craque, claro, mas o time não pode mais ser montado ao redor dele e os demais não podem apenas esperar.
A expectativa sobre Ancelotti (com pronúncia italiana mesmo, Anchelotti, viu, Globo?) segue alta. É provável que vejamos uma melhora gradual. Se haverá tempo suficiente para formar um time competitivo até a Copa, ainda é incerto. Mas, com o currículo do italiano, há motivos reais para ter esperança.
🎧PODCAST MEIOCAMPO #139
Carlo Ancelotti estreou pela seleção brasileira em um jogo bem sem sal, mas com cara de Itália: defesa, defesa, defesa. Falamos sobre os pontos positivos e negativos da estreia. Tem também as classificações de Uzbequistão e Jordânia para a Copa e a semifinal da Liga das Nações, com França e Espanha fazendo um jogaço e Portugal derrubando a dona da casa Alemanha.
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Após anos de construção do sonho, o Uzbequistão vai à sua primeira Copa do Mundo
Por Leandro Stein
Há algum tempo o Uzbequistão podia ser visto como uma seleção “na fila” para fazer sua estreia em Copas do Mundo. Os Lobos Brancos possuem uma representatividade clara no continente asiático e bateram na trave mais de uma vez nos ciclos mundialistas mais recentes. A ampliação da Copa de 2026, com 48 equipes, tornou-se uma porta aberta que os uzbeques finalmente não desperdiçariam. O dia tão esperado chegou nesta quinta-feira, com a inédita classificação da antiga república soviética ao seu primeiro Mundial. O Uzbequistão se impôs no grupo ao lado do Irã e confirmou sua vaga com uma rodada de antecedência, acima de Emirados Árabes Unidos e Catar na chave.
Apesar de sua relevância na Ásia desde a independência, o Uzbequistão era um mero coadjuvante na estrutura do futebol na União Soviética, até 1991. Somente dois futebolistas uzbeques disputaram Copa do Mundo, Eurocopa ou Jogos Olímpicos pela URSS: o goleiro Yuri Pshenichnikov, titular na campanha que rendeu a quarta colocação na Euro 1968, e o atacante Vladimir Fyodorov, bronze nas Olimpíadas de 1976. O principal talento nascido no Uzbequistão durante o período soviético sequer permaneceu: o meia Vasilis Hatzipanagis, nascido em Tashkent, mas filho de refugiados gregos e que atuou na Grécia durante a maior parte da carreira. Já o meio-campista Andrey Pyatnitsky, também de Tashkent, optou por defender a Rússia após a independência e disputou a Copa de 1994.
Dentro da estrutura do Campeonato Soviético, o Uzbequistão também não chamava tanta atenção. O Pakhtakor Tashkent foi o único representante da república a disputar a primeira divisão. Teve 22 temporadas na elite, com aparições intermitentes de 1960 a 1991, no máximo alcançando a sexta colocação em duas oportunidades. Uma dessas campanhas, inclusive, marca uma das histórias mais tocantes do futebol uzbeque. Em 1979, o elenco do Pakhtakor foi dizimado num acidente aéreo que deixou 178 mortos – incluindo Vladimir Fyodorov e Mikhail An, dois jogadores com passagens pela seleção soviética. Em meio à reconstrução, três anos depois, o Pakhtakor foi sexto na Top League de 1982.
A transformação do Uzbequistão no futebol aconteceu mesmo a partir de 1992, quando a seleção foi criada na esteira da independência e se tornou filiada da confederação asiática. Se antigas forças no contexto soviético se converteram em seleções pouco expressivas na Uefa, como a Geórgia e a Armênia, logo de cara os Lobos Brancos assumiram um papel de destaque na AFC. Pesava não apenas o cenário mais aberto do futebol na região, como também a relevância econômica dos uzbeques na Ásia Central.
A primeira mostra de força do Uzbequistão na AFC aconteceu durante os Jogos Asiáticos. Foi a primeira competição internacional da seleção de futebol e, logo de cara, seu primeiro título. Os uzbeques desbancaram adversários tradicionais como a Arábia Saudita e a Coreia do Sul, antes da conquista do ouro para cima da China. Entre os destaques do time estava Mirjalol Qosimov, que antes havia despontado nas seleções de base soviéticas e se tornou o primeiro astro do novo país. A medalha, além de asseverar a qualidade da geração dos Lobos Brancos, também indicava a competitividade da liga local. Embora não tenham chegado à elite do Campeonato Soviético, clubes como o Neftchi Fergana se beneficiaram das estruturas mesmo nas divisões de acesso – a ponto de, logo após a integração, ser semifinalista da Champions Asiática em 1994/95.
A partir de 1996, o Uzbequistão entrou no mapa da Copa da Ásia. A seleção fez sua estreia no torneio naquele ano e, desde então, disputou todas as últimas oito edições. Em suas duas primeiras participações, os uzbeques não passaram da fase de grupos. Depois disso, sempre estiveram nos mata-matas. A melhor campanha se deu em 2011, com a quarta colocação, apesar da amarga derrota por 6 a 0 diante da Austrália nas semifinais. Em outros momentos, os Lobos Brancos também deram impressão de que poderiam mais – a exemplo de 2023, eliminados nos pênaltis para o Catar nas quartas de final. Todavia, a fonte maior de frustrações para o país vinha nas Eliminatórias.
A primeira aparição do Uzbequistão no qualificatório para a Copa do Mundo ocorreu na caminhada para o Mundial de 1998. Passaram à fase decisiva logo de cara, mas sem se aproximar das vagas. Quatro anos depois, os uzbeques bateram na trave pela primeira vez. Ficaram a um ponto dos Emirados Árabes, num caminho que poderia render vaga na repescagem. Já em 2006, os Lobos Brancos enfrentaram Bahrein por um lugar na repescagem intercontinental e foram eliminados após dois empates, por causa do gol sofrido dentro de casa – em duelo ainda marcado pelas controvérsias de arbitragem. Era uma queda bastante dolorosa, considerando a oferta de talento uzbeque.
Na virada do século, os principais jogadores do Uzbequistão se firmaram como destaques em ligas de outras antigas repúblicas soviéticas. O melhor exemplo é o do atacante Maksim Shatskikh, que se tornou o herdeiro de Andriy Shevchenko no ataque do Dynamo Kiev e liderou o clube por dez temporadas. Tornou-se, em 1999, o primeiro asiático a anotar um gol na Champions League. O futebol local, além do mais, também desfrutou de maior investimento nos anos 2000. O Pakhtakor emendou um hexa nacional, em período no qual foi ainda duas vezes semifinalista da Champions Asiática. Já o caso mais lembrado no Brasil é o do Bunyodkor, que levou Felipão e Rivaldo em seus tempos mais abastados, para também alcançar duas semifinais continentais. Server Djeparov, referência técnica em ambas as equipes, foi o primeiro uzbeque eleito Jogador Asiático do Ano, em 2008 e 2011.
Em seus bons momentos, a seleção do Uzbequistão chegou a reunir Djeparov e Shatskikh, bem como Odil Ahmedov – referência no Campeonato Russo e recordista com seis prêmios de Jogador Uzbeque do Ano. Nem isso auxiliou os Lobos Brancos em busca da Copa do Mundo. A grande campanha no início das Eliminatórias para a Copa de 2010 terminou com uma queda abrupta na fase decisiva. Já para o Mundial de 2014, a decepção chegou ao seu ápice, depois que o time fechou a terceira fase seis pontos acima do Japão. Na etapa decisiva, o Uzbequistão ficou a um gol no saldo de alcançar a Coreia do Sul pela vaga direta. Não rolou nem com a goleada por 5 a 1 sobre o Catar na última rodada, combinada com a derrota sul-coreana por 1 a 0 para o Irã em Ulsan. Restou tentar a repescagem, e os uzbeques nem chegaram à fase intercontinental, eliminados nos pênaltis pela Jordânia.
Quatro anos depois, o drama foi um pouco menor, mas com roteiro parecido. O Uzbequistão chegou à rodada final dependendo apenas de si para ficar com a vaga direta na Copa de 2018. Porém, empatou em casa com a Coreia do Sul e sequer conseguiu ir à repescagem, abaixo da Síria no saldo de gols. Por fim, na caminhada para a Copa de 2022, os Lobos Brancos deram sinal de regressão. Pela primeira vez não alcançaram a fase decisiva, cinco pontos atrás da Arábia Saudita em sua chave e prejudicados por uma derrota diante da Palestina.
As esperanças para o Uzbequistão, contudo, estavam exatamente na renovação. Se a despedida de Ahmedov em 2021 fechou a página de uma “geração perdida” pelos Lobos Brancos, por outro lado os resultados nas categorias de base animavam. Os uzbeques foram semifinalistas nas quatro últimas edições do Campeonato Asiático Sub-23. Conquistaram o título em 2018, além de ficarem com o vice em 2022 e 2024. O país também fez sua estreia no torneio de futebol dos Jogos Olímpicos, ao disputar a fase de grupos em Paris 2024. O Uzbequistão ainda levou um título no Campeonato Asiático Sub-20 e dois no Asiático Sub-17 desde 2012. É essa base que forma a seleção principal e tende a incorporar mais talentos em breve, diante do novo título sub-17 em 2025.
A grande referência atual do Uzbequistão, Eldor Shomurodov, integrou as fornadas de promessas. Capitão e já maior artilheiro da história da seleção, o atacante se beneficia da carreira consolidada na Europa, em especial na Itália. A classificação para a Copa brinda seu melhor momento pela Roma. Outros destaques vêm do time campeão asiático sub-20 em 2023. Foi depois daquela campanha que o zagueiro Abdukodir Khusanov partiu para o Lens, atualmente no Manchester City. Já o cérebro daquele time, e hoje também da seleção principal, é o meia Abbosbek Fayzullaev. O isolamento da Rússia não oferece tanta visibilidade pelo CSKA Moscou, mas o camisa 22 foi eleito um dos melhores da Copa da Ásia de 2023.
A mescla do elenco do Uzbequistão é interessante. Há jogadores com destaque em ligas importantes da Europa e também médias, além de outros em centros notáveis da Ásia, como Irã e Arábia Saudita. Todavia, o Campeonato Uzbeque segue com peso para formar a base, inclusive a velha potência Pakhtakor. No comando técnico, Timur Kapadze também é uma aposta caseira. Em seus tempos como meio-campista, integrou grandes times do Pakhtakor e do Bunyodkor nos anos 2000, bem como participou dos desenganos da seleção de 2002 a 2015. Já como treinador, dirigiu o projeto olímpico que levou o país a Paris 2024. Assumiu o time principal em 2025, no lugar de Srecko Katanec, técnico que conduziu a Eslovênia pela primeira vez à Copa de 2002 e vinha à frente dos uzbeques desde 2021. Por conta de problemas de saúde, Katanec deixou o cargo. Viu seu legado ser recompensado por Kapadze, que tão bem conhecia vários dos jogadores.
Desta vez, o Uzbequistão não vacilou nas Eliminatórias. A equipe fez uma grande campanha desde sua fase de entrada, quando somou os mesmos 14 pontos do Irã. Já na etapa decisiva, em um momento no qual Catar e Emirados Árabes poderiam parecer mais credenciados, os Lobos Brancos prevaleceram. São cinco vitórias e três empates (dois deles contra o Irã) em nove partidas. A única derrota aconteceu no apagar das luzes da visita ao Catar, nada que custasse caro. Já na rodada decisiva, o empate contra os Emirados Árabes em Abu Dhabi foi suficiente. A história enfim se consumou.
O aumento da Copa do Mundo para 48 seleções obviamente vai garantir mais espaços a estreantes e pode gerar questionamentos sobre o nível técnico agregado. A história do Uzbequistão, no entanto, passa longe de sugerir o acaso. Há anos os uzbeques flertavam com esse feito e construíram sua conquista organicamente, a partir do desenvolvimento de suas seleções de base. Pela evolução recente, dá para afirmar que esta primeira vez não será a única. É bem capaz que os Lobos Brancos venham para ficar por mais tempo, com lugar cativo nos Mundiais.
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A Jordânia surfou em seu grande momento para estrear na Copa
Por Leandro Stein
O vice-campeonato na Copa da Ásia de 2023 já era uma façanha para a seleção da Jordânia. O país, que apenas neste século se firmou como um participante costumeiro do torneio continental, chegou à decisão quando poucos imaginavam seu sucesso. Os jordanianos, entretanto, provam como aquele não foi um feito isolado. A equipe aproveitou a boa onda e honrou as expectativas elevadas nas Eliminatórias. Os Cavalheiros também farão sua estreia em Copas durante o Mundial de 2026.
A Jordânia disputa as Eliminatórias desde o qualificatório para a Copa de 1986, mas era uma mera figurante no cenário asiático durante o Século XX. O futebol jordaniano sempre foi muito mais reconhecido pela feroz rivalidade entre Al-Faisaly e Al-Wehdat, que reflete as cisões na sociedade local. O primeiro, financiado pela família real através do exército, representa a parcela étnica nativa. Já o segundo, fundado no campo de refugiados homônimo, está arraigado na comunidade palestina desterrada – que é maioria da população local. São as duas agremiações que historicamente dividem o topo do Campeonato Jordaniano e que traduzem também as tensões da região.
Em momentos mais instáveis da geopolítica local, a Jordânia não se destacava no futebol de seleções. A estreia em Eliminatórias teve só uma vitória e a queda precoce no caminho rumo ao Mundial de 1986. Os resultados até melhoraram para a Copa de 1990, mas sem vida longa novamente, no máximo atrapalhando a vida do Iraque. Falta de perspectivas que se repetiu nos qualificatórios para 1994, 1998 e 2002, sem que os jordanianos sequer passassem de fase.
A Jordânia começou a ser notada a partir da Copa da Ásia de 2004, quando fez sua estreia no torneio continental. Os Cavalheiros já vinham dando sinais positivos em competições regionais, em especial pelo vice no Campeonato da WAFF, a federação que engloba diferentes seleções do Oriente Médio. A vaga na Copa da Ásia ampliou os horizontes e os jordanianos aproveitaram a deixa: avançaram no grupo à frente de Emirados Árabes e Kuwait, só eliminados nos pênaltis pelo campeão Japão nas quartas de final. Era um time concentrado na liga local, mas treinado por Mahmoud El-Gohary, lenda do futebol egípcio que levou seu país à Copa de 1990.
O crescimento da Jordânia se tornou mais evidente. Nas Eliminatórias para a Copa de 2006, embora eliminada na primeira fase, a equipe ficou a três pontos de desbancar o Irã. Já em 2010, não conseguiu competir com Coreia do Sul e Coreia do Norte em sua chave, dois times que iriam ao Mundial. Paralelamente, na Copa da Ásia, os jordanianos passaram a se classificar para todas as edições a partir de 2011 e avançaram aos mata-matas em três oportunidades. O momento de fazer barulho nas Eliminatórias foi concomitante, sobretudo pela brecha surgida em 2014.
O novo sucesso da Jordânia foi comandado por outro ídolo egípcio, Hossam Hassan, craque de El-Gohary naquela Copa de 1990. Pela primeira vez, os Cavalheiros passaram da fase inicial das Eliminatórias, o que deixou a China pelo caminho. E conseguiram ir muito além, vencendo Japão e Austrália na fase decisiva. A equipe levou suas chances de classificação direta ao Mundial do Brasil até a última rodada, descolando ao menos uma vaga na repescagem. Então, os jordanianos bateram o Uzbequistão nos pênaltis e ganharam o direito de desafiar o Uruguai na repescagem intercontinental. O sonho, porém, desmoronou logo na ida em Amã. A Celeste venceu por 5 a 0 diante 17 mil jordanianos e se bastou com o empate por 0 a 0 em Montevidéu.
Depois de tudo se alinhar para a Jordânia, parecia que a sorte não bateria na porta da seleção tão cedo. Aquela não era uma geração tão brilhante assim, com jogadores que concentraram suas carreiras na liga local ou por países vizinhos. E a impressão de chance perdida se reiterou tanto na queda precoce na Copa da Ásia de 2015 quanto pela breve campanha nas Eliminatórias para a Copa de 2018, sem avançar à fase decisiva. A caminhada às oitavas da Copa da Ásia de 2019 até animou de início, batendo a Austrália na estreia, mas não que a eliminação nos pênaltis para o Vietnã fosse um atestado tão grande assim. Nas Eliminatórias para a Copa de 2022, os jordanianos passaram longe da fase principal, superados por muito pela Austrália e no saldo pelo Kuwait.
A situação virou mesmo há pouco mais de um ano, a partir da Copa da Ásia de 2023, disputada no início de 2024. A Jordânia chegou ao torneio no 84° posto do Ranking da Fifa, com 11 times do continente mais bem colocados. Sem alarde, a equipe passou entre os melhores terceiros colocados na fase de grupos, mas até empatou com a Coreia do Sul. Cresceu nos mata-matas, quando avançou nos pênaltis contra os Emirados Árabes e tirou também o Tadjiquistão, antes do grande feito nos 2 a 0 sobre os sul-coreanos nas semifinais. Não deu para competir com o Catar na decisão, mas o vice já era imenso.
E deu para fazer mais. A Jordânia manteve a forma nas Eliminatórias. A classificação na fase de entrada teve a liderança em um grupo que trazia a Arábia Saudita, com direito a vitória em Riade. Já na etapa decisiva, os Cavalheiros foram consistentes numa chave em que a Coreia do Sul não se destacou tanto (mesmo com a classificação) e o Iraque abusou dos erros para quem vinha como Pote 2. Os jordanianos, Pote 3, somaram quatro vitórias e quatro empates, só derrotados pelos sul-coreanos em Amã. Nesta quinta, a vitória sobre Omã por 3 a 0 abriu o caminho para a classificação, confirmada pelo tropeço do Iraque.
A chegada da Jordânia à Copa do Mundo expõe aquele que, desde já, pode ser considerado o maior jogador da história do país. Musa Al-Taamari foi um dos grandes destaques na Copa da Ásia de 2023 e possui a distinção de ser o primeiro jordaniano a disputar uma das cinco grandes ligas da Europa, atualmente no Rennes. O habilidoso ponta, de qualquer forma, não está sozinho. O centroavante Yazan Al-Naimat foi até mais importante no vice-campeonato continental e se sobressai no futebol catariano pelo Al-Arabi. Completa o trio ofensivo o ponta Ali Olwan, autor da tripleta sobre Omã nesta quinta e que atua no futebol malaio com o Selangor.
O elenco que leva a Jordânia à sua primeira Copa do Mundo ainda se concentra na liga nacional. São 18 jogadores dos clubes do país, com a hegemonia recente do Al-Hussein quebrando o velho dualismo entre Al-Faisaly e Al-Wehdat. De resto, times de Bahrein e Malásia também são importantes, com gente jogando ainda em Iraque, Luxemburgo, Catar, Arábia Saudita e Coreia do Sul. Al-Taamari é o único nos grandes centros. Já no comando técnico, os marroquinos correspondem à ascensão. Hussein Ammouta, que conseguiu o vice na Copa da Ásia, aproveitou a alta para descolar um contrato com o Al-Jazira. A vaga na Copa vem com Jamal Sellami, reserva de Marrocos no Mundial de 1998 e que antes conquistara a liga de seu país como treinador do Raja Casablanca.
A Copa do Mundo será uma enorme vitrine para o futebol da Jordânia e para os seus jogadores. A um país de momentos esporádicos no esporte e sem grande projeção internacional, o Mundial transformará as perspectivas. Se “futebol de seleções é momento”, os jordanianos entenderam muito bem qual era o seu momento e o que essa abertura a mais times em 2026 significa. Agarraram a oportunidade que outros vizinhos deixaram passar dentro de um grupo relativamente aberto.
Giro
- O que caminhava para ser uma derrota vergonhosa da França se transformou em… outra coisa, não sei ainda exatamente o quê. Curiosamente, Adrien Rabiot e Manu Koné, sozinhos, não foram suficientes para combater o meio-campo espanhol sem a ajuda dos quatro atacantes escalados pelo técnico Didier Deschamps, que não brilharam na recomposição ou na pressão. Os pontas espanhóis deitaram e rolaram contra uma defesa francesa desfalcada. A esta altura, ninguém mais se impressiona, mas Lamine Yamal participou de três gols, acionando Oyarzabal para o trabalho de pivô que terminou com Nico Williams abrindo o placar, convertendo o pênalti que ele próprio sofreu e abrindo 5 a 1 a 23 minutos do fim. Sim, estava 5 a 1 a 23 minutos do fim. Na verdade, a 11 minutos do fim. Já voltamos nisso. A qualidade coletiva de alguns gols da Espanha chamaram ainda mais a atenção, como as tabelinhas entre Oyarzabal e Mikel Merino para o segundo e entre Nico e Pedri para o quarto. Enfim, estava 5 a 1 a 11 minutos do fim, como eu mencionei, e aí, de repente, Rayan Cherki fez o gol mais bonito do dia, talvez? Dominou e emendou de fora da área com a perna esquerda sem deixar a bola cair. Deu início à recuperação da França, que descontou com um gol contra e uma cabeçada de Kolo Muani no terceiro dos cinco minutos de acréscimos dados pelo árbitro Michael Oliver, que estava amando tanto a noite em Stuttgart que deu mais um. Embora ainda tenha lançado umas bolas na área, a França não conseguiu o empate, porque palhaçada tem limite, mas, nossa que jogo.
- Roberto Martínez tinha dois terços do meio-campo campeão da Tríplice Coroa à sua disposição e colocou um na lateral direita e outro no banco de reservas. João Neves, como ele citou, atuou assim (mais como ala na verdade) em algumas partidas do Paris Saint-Germain com times mistos no Campeonato Francês, e Vitinha na reserva parece ter sido uma questão física. De qualquer maneira, Portugal é o maior exportador de meias do mundo e começou a semifinal contra a Alemanha com Rúben Neves, Bernardo Silva e Bruno Fernandes. E machucou somente em contra-ataques puxados por Pedro Neto no primeiro tempo, enquanto Diogo Costa segurava os alemães, até não conseguir mais, em uma cabeçada precisa de Florian Wirtz, pouco depois do intervalo. O que impressiona no elenco português é ele ter nomes do tamanho e do currículo de Cristiano Ronaldo, Rúben Dias, Bernardo, Bruno e companhia e também menos famosos, como Francisco Conceição, que conseguem pegar a bola na linha lateral, arrancar e acertar um chute colocado no ângulo. Revitalizado pelo golaço do filho do ex-técnico do Milan, Portugal imediatamente passou à frente, com um lindo passe de primeira de Bruno para abrir o corredor à assistência de Nuno Mendes. Eu tinha certeza que Cristiano Ronaldo estava impedido. Ele não estava. 937 gols na carreira. É bastante gol.
- Longe de ser uma novidade, a Coreia do Sul é outra seleção asiática que se garantiu na Copa do Mundo. Os sul-coreanos estão invictos no grupo, mas não é que venham empolgando, com cinco vitórias e quatro empates. Referência do time semifinalista em 2002, o técnico Hong Myung-bo tenta aproveitar melhor uma geração que pode render bem mais, sob os talentos de Son Heung-min, Kim Min-jae, Lee Kang-in, Hwang Hee-chan e outros nomes experimentados no futebol europeu. O país acumula 11 participações consecutivas em Mundiais e 12 totais. No caso dos Tigres, com o aumento das vagas na Copa, só mesmo uma hecatombe para tirar a seleção asiática mais assídua do torneio – e olha que a federação anda flertando com isso, ao apostar anteriormente em técnicos como Paulo Bento e Jürgen Klinsmann.
- O Grupo C das Eliminatórias Asiáticas, que tem o Japão classificado, viu a Austrália ficar muito perto da Copa. Os Socceroos venceram os Samurais Azuis por 1 a 0 e vão para a rodada final com três pontos de vantagem sobre a Arábia Saudita, além de oito gols de diferença no saldo. Os sauditas só ficarão com a vaga direta se vencerem os australianos por cinco gols de diferença no confronto direto em Jeddah. Nada indica isso, com a campanha claudicante dos Falcões Verdes, mesmo com a volta recente de Hervé Renard. Outra menção no Grupo C fica para a Indonésia, garantida na próxima fase do qualificatório e viva pelo sonho de retornar à Copa após 88 anos. Agora dirigidos por Patrick Kluivert, os indonésios aproveitam muito bem a diáspora, recrutando diversos descendentes que atuam em ligas europeias.
- Parece insensível demitir o treinador que entregou o seu primeiro título em 18 anos, mas vocês já deram uma olhada na temporada do Tottenham? Foram 22 derrotas na Premier League, apenas quatro vitórias desde 15 de dezembro (!), 17ª posição, a primeira acima da zona de rebaixamento, e não houve risco de queda somente porque os rebaixados foram excepcionalmente ruins. Apenas quatro times tiveram uma defesa pior e três deles terão a Championship como seu próximo desafio. O Liverpool, sozinho, fez 15 gols contra eles em três partidas. É verdade que os números finais são piores porque o Tottenham decidiu abandonar a Premier League para focar na Liga Europa, mas por que você acha que o Tottenham decidiu abandonar a Premier League? Foi uma decisão fácil: estava fora de qualquer briga há muito tempo. Embora a primeira temporada com Ange Postecoglou tenha sido promissora, é difícil ignorar uma regressão tão grande. No mais alto nível, a menos que você tenha um elenco extremamente talentoso, mais do que a maioria dos adversários, não dá para praticar um estilo ultra ofensivo o tempo inteiro. Se ele receber outra chance em um clube de grande porte, e deveria, precisa encontrar um equilíbrio maior. Os técnicos não dizem o tempo inteiro que não querem ser avaliados apenas por resultados? Então: o título da Liga Europa foi um resultadaço. O desempenho do Tottenham, porém, ao longo de toda a temporada, deixou muito a desejar.
- Bruno Fernandes rejeitou proposta da Arábia Saudita para permanecer no Manchester United. O meio-campista tinha oferta do Al Hilal, mas decidiu permanecer, segundo ele, porque quer “continuar no mais alto nível, jogar as grandes competições”. A proposta saudita mais do que dobraria o seu atual salário, que já é um dos mais altos do United. Aparentemente, a liga saudita não é tão atraente assim. Se é que foi um dia, já que nenhum jogador entre os melhores do mundo no auge da carreira aceitou ir para lá.
- Gian Piero Gasperini foi anunciado como técnico da Roma. Depois de deixar a Atalanta, o treinador aceitou o desafio de comandar o time da capital, com o qual assinou contrato até 2028. Como seu substituto, a Atalanta deve escolher Ivan Juric, apesar dos fracassos recentes com Roma e Southampton.
- O Chelsea confirmou a contratação de Liam Delap, do Ipswich Town. O atacante, de 22 anos, chega por 30 milhões libras e assina por seis anos com os Blues. Na última temporada, o jogador da seleção sub-21 da Inglaterra marcou 12 gols na temporada, em 40 jogos, apesar do Ipswich ter sido rebaixado. Ele é filho de Rory Delap, que ficou famoso no começo dos anos 2000 cobrando laterais para a área com a camisa do Stoke City. O defensor jogou sete anos no Stoke, de 2006 a 2013. Liam Delap recebeu a camisa 9, vai estrear no Mundial de Clubes e é aposta do Chelsea para resolver o problema do ataque.
- Guardiola confirmou que permanecerá no Manchester City. Pode parecer óbvio, porque ele renovou por dois anos até 2027, mas ele mesmo admitiu em entrevista à Reuters que achava que este seria seu último ano. Ele disse que depois da campanha, que ficou abaixo do esperado, não era hora de sair. Também contou que sonha em disputar uma Copa do Mundo, Eurocopa ou Copa América como técnico, mas que não terá problemas se isso nunca acontecer.
- Cristian Chivu deve ser o novo técnico da Inter. Aos 44 anos, o ex-jogador treinou o Parma desde fevereiro e se tornou o favorito depois de Cesc Fàbregas recusar o convite da Inter para permanecer no Como. Chivu comandou o Parma por 13 jogos e salvou o time do rebaixamento. Antes disso, ele era treinador do time primavera da Inter, o sub-20, pelo qual conquistou um scudetto em 2022. Chivu trabalhou na base da Inter a partir de 2018 e, por isso, é uma figura bem conhecida da diretoria nerazzurra.
- Modric deve ser jogador do Milan na próxima temporada. Ele gostou da ideia de atuar pelos rossoneri, segundo Zvonimir Boban, ex-jogador do clube e lenda croata, assim como Modric. O meio-campista, de 39 anos, jogará o Mundial de Clubes pelo Real Madrid antes de deixar o clube que defende desde 2012. Seria no mínimo curioso ver o que ele conseguirá fazer no Milan sob o comando de Massimiliano Allegri, que pediu a sua contratação.
- O presidente Donald Trump emitiu um decreto proibindo a entrada de cidadãos, imigrantes ou não, de uma dúzia de países, como se os Estados Unidos não estivessem prestes a sediar duas grandes competições internacionais de futebol. As nações visadas são Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Ele também impôs uma proibição parcial a outras, como Venezuela, Togo e Cuba. Existe uma exceção para “atletas ou membros de equipes atléticas” viajando para “Copa do Mundo, Olimpíadas ou outros grandes eventos esportivos, determinados pelo Secretário de Estado”. A redação já abre algumas questões porque o tal secretário de Estado, Marco Rubio, ainda precisaria confirmar o Mundial de Clubes como um “grande evento esportivo” para, por exemplo, permitir a entrada do atacante iraniano Mehdi Taremi, da Internazionale. O Haiti estreará daqui a cerca de 10 dias contra a Arábia Saudita em San Diego pela Copa Ouro, que também não foi especificada. Se é provável que não haja problemas para atletas e times, os torcedores de Irã não poderão viajar para torcer pela sua seleção na Copa do Mundo? Ou os haitianos na Copa Ouro? Os jogadores nem poderão levar amigos ou membros da família, exceto “familiares diretos”. Não é exatamente no espírito de união dos povos que a Fifa adora propagar em seus eventos. Gianni Infantino disse no começo deste ano que os EUA que “todos que quiserem vir aproveitar, se divertir e celebrar o jogo poderão fazer isso”. Será?
- A CazéTV fechou uma parceria com a Disney e estará disponível no Disney+. Com isso, quem assina o serviço da Disney poderá assistir diretamente na plataforma as competições que a CazéTV transmite, como Mundial de Clubes, Liga Europa, Conference League, Bundesliga e Ligue 1, além de outros esportes (via Folha).
- A Fifa reduziu os preços dos ingressos para o Mundial de Clubes com medo de ter muitos espaços vazios na estreia do torneio, no dia 14. Segundo informações no site The Athletic, menos de 20 mil ingressos foram vendidos para o jogo de abertura, entre Inter Miami e Al Ahly, do Egito. O jogo será no Hard Rock Stadium, que tem mais de 65 mil lugares. O preço inicial era de 349 dólares na época do sorteio, em dezembro, foi reduzido para 230 dólares em janeiro e agora caiu para 55 dólares.
Até a semana que vem!