Um campeão distinto
Com uma mudança significativa de perfil, mostramos como o PSG se tornou finalmente um projeto de time - e não uma reunião de estrelas
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PSG campeão: distinto dos demais
Desde que o Paris Saint-Germain passou a receber o maciço investimento do Catar, somente três edições da Ligue 1 não foram vencidas pelo clube. É fácil relembrar o baque provocado pelo Montpellier logo na chegada dos catarianos em 2011/12, o desempenho estrondoso do Monaco em 2016/17 ou a surpresa provocada pelo consistente Lille em 2020/21. Já entre os 11 troféus do PSG, as memórias se misturam mais, mesmo com o brilho de grandes astros ou as recorrentes mudanças de treinadores. Todavia, o PSG de 2024/25 ergue o troféu com suas razões para se distinguir nestas lembranças borradas de uma hegemonia perene. A equipe de Luis Enrique oferece singularidades, ao passo que também supera marcas dos demais times parisienses campeões recentemente.
O Paris Saint-Germain chega a 13 títulos no Campeonato Francês, agora três a mais que o Saint-Étienne, maior campeão da liga por quatro décadas. Ainda há um lugar especial no museu do clube aos dois títulos que vieram antes da dinastia atual. Os pioneiros de 1985/86 reuniam figuras importantes da seleção francesa semifinalista da Copa do Mundo (Joël Bats, Dominique Rocheteau, Luis Fernández), enquanto desfrutavam da classe do iugoslavo Safet Susic como seu maestro. O técnico Gérard Houllier conduziu o primeiro troféu da Division 1 a um clube parisiense em 50 anos. Já em 1993/94, impulsionado pelo dinheiro do Canal+, o PSG tinha um esquadrão que ocupou o vácuo deixado pelo outrora dominante Olympique de Marseille. Luis Fernández agora era o treinador à frente do timaço de Raí, George Weah, David Ginola, Valdo, Ricardo Gomes e outros ídolos do clube.
Foram quase duas décadas de espera até que o PSG, tornando-se uma ferramenta da propaganda do Catar, retomasse o troféu da Ligue 1 em 2012/13. Aquela primeira versão dos parisienses multimilionários possuía suas distinções, seja pelo comando de Carlo Ancelotti ou pela presença pontual de David Beckham dentro de campo, num time já estrelado por Zlatan Ibrahimovic. Não seria uma edição do Francesão em que o PSG encontrou tanta resistência dos concorrentes, com 12 pontos de vantagem sobre o vice-campeão Olympique de Marseille. Também não foi um desempenho tão retumbante, com 83 pontos. De qualquer forma, estava aberta uma nova era no futebol francês.
Nestes 11 títulos, o PSG teve seus altos e baixos comparando o próprio desempenho como campeões, algo natural. O melhor aproveitamento até então tinha sido registrado em 2015/16, numa campanha na qual Ibrahimovic viveu seu auge no Parc des Princes. O sueco anotou 38 gols pela Ligue 1, num total de 102 tentos do time de Laurent Blanc. Foram apenas duas derrotas sofridas pelo time que também tinha Edinson Cavani em grande forma, além da oportuna adição de Ángel Di María.
Aquele PSG, no entanto, não cumpriu a grande ambição de sua diretoria. A queda na Champions League aconteceu nas quartas de final, diante do Manchester City. Da mesma maneira que, na temporada seguinte, o trauma infligido pelos 6 a 1 do Barcelona ainda teve o gosto amargo pelo vice-campeonato que o Monaco impôs na Ligue 1 – com um aproveitamento superior a cinco destes 11 títulos do PSG no período. O desengano na Champions, de certa forma, se tornou mais marcante para diferenciar as temporadas do PSG do que propriamente o impacto na Ligue 1.
Especialmente desde 2017, com as contratações de Kylian Mbappé e Neymar, a Ligue 1 soou mais como um adendo ao resumo da temporada do Paris Saint-Germain, sempre focada nas frustrações continentais. Não adiantou contratar Lionel Messi, Gianluigi Buffon, Sergio Ramos ou qualquer outro que pudesse se reivindicar entre os melhores da história. Unai Emery, Mauricio Pochettino e Christophe Galtier também não resolveram os entraves no banco de reservas. Quem mais se distinguiu foi Thomas Tuchel, capaz de conduzir o PSG à final da Champions pela primeira vez, independentemente das inescapáveis dificuldades de gerir o elenco. Naquela temporada de 2019/20, porém, a conquista da Ligue 1 será sempre uma nota de rodapé: por conta da pandemia, a competição foi encerrada por antecipação, após 27 rodadas. Era um time do PSG que até se sobressaía, a ponto de ter um aproveitamento similar ao do recorde de 2015/16, mas sem uma campanha memorável.
Luis Enrique chegou ao Paris Saint-Germain como um símbolo de ruptura. O treinador encabeça a transição vivida no Parc des Princes desde 2023/24, com as saídas de Messi e Neymar. A caminhada na Champions rendeu uma semifinal na primeira temporada, com a eliminação para o Borussia Dortmund. Já na Ligue 1, a campanha passada não pode ser chamada de inesquecível. Apesar da falta de uma concorrência mais forte, o PSG oscilou. Empatou bastante e não apresentou uma defesa tão confiável. A conquista se deu mais na conta de um binômio: as muitas partidas decididas por Kylian Mbappé e a diferença que Gianluigi Donnarumma fez no gol durante duelos mais apertados.
A cisão se tornou mais evidente em 2024/25, com a imaginada saída de Mbappé. Pela primeira vez desde que os catarianos chegaram ao Parc des Princes, o PSG resolveu orbitar seu projeto esportivo ao redor de um time, e não de alguns craques. Com o competente recrutamento realizado por Luis Campos, aliado à eclosão e ao renascimento de vários jogadores, os parisienses vivem uma fase bastante diferente de seu contexto anterior. Luis Enrique, que nunca fugiu dos choques, bateu no peito para assumir a responsabilidade de ser a figura centralizadora em Paris. Moldou o time coletivamente mais azeitado da Era Catar e atingiu resultados inéditos.
De certa maneira, a Ligue 1 2024/25 serviu como um laboratório desse novo PSG. E em nenhum momento os parisienses deixaram de jogar para valer o Campeonato Francês. O nível de desempenho é excepcional desde as primeiras rodadas, quando a campanha na Champions ainda não chamava atenção. A consistência se repete com atuações intensas, ofensivas e seguras. O aproveitamento do PSG até o momento supera os 88% dos pontos, acima dos 84% de 2015/16. Além disso, quando atingiu o mesmo número de jogos do time campeão na pandemia em 2019/20, a equipe de Luis Enrique somava três pontos a mais.
E não é apenas que o PSG venha dominando os adversários na Ligue 1. Os novos campeões oferecem um rendimento ofensivo inédito nesta dinastia do clube. São 80 gols em 28 compromissos, só um a menos que os 81 tentos (em 34 rodadas) anotados com Mbappé resolvendo vários jogos na temporada passada. A média de 2,85 gols por partida é ligeiramente superior aos 2,84 de 2017/18, até então o melhor ataque do clube nesta sequência de taças. Aquele time da “reconquista” balançou as redes 108 vezes, com Cavani, Neymar, Mbappé e Di María chegando aos dois dígitos.
Com mais seis jogos pela frente, o PSG de 2024/25 pode se transformar no primeiro campeão invicto da história da Ligue 1. Quem chegou mais próximo foi o Nantes de 1994/95, com apenas uma derrota. Aquela equipe dos Canários é lendária na França, não somente pela marca estabelecida diante da concorrência de um poderoso Paris Saint-Germain, como também pelo futebol extremamente ofensivo. O que os comandados de Luis Enrique vêm produzindo é digno de comparações, por mais que a falta de um perseguidor mais forte chame atenção nesta temporada. Há uma briga interessante sobretudo pelas vagas nas competições europeias, mas não uma pedra no sapato.
Resta saber o quanto a Champions League, mais uma vez, influenciará nas impressões sobre esse PSG de 2024/25. A qualidade do time de Luis Enrique vinha passando despercebida em parte da temporada, justamente porque as atuações na Champions eram erráticas – e, sem as estrelas, o interesse por ver os parisienses na Ligue 1 também despencou. As derrotas para Arsenal, Atlético de Madrid e Bayern de Munique sugeriam um PSG abaixo dos principais concorrentes, enquanto a vitória magra sobre o Girona e o empate com o PSV não animaram. A virada de chave ocorreu sobretudo a partir do triunfo fundamental sobre o Manchester City na reta final da fase de liga. Até que a classificação diante do Liverpool nas oitavas, mais pela superioridade evidente que pelo resultado em si, confirmou como esta versão do Paris Saint-Germain é mesmo especial.
A Champions, porém, não permite que se crave nada. Talvez hoje o PSG se coloque entre os dois ou três principais favoritos ao título nesta temporada – dos oito quadrifinalistas, só o Barcelona enche mais os olhos em termos de jogo. O que não serve tanto para descartar especialistas no torneio, como o Real Madrid ou o Bayern de Munique. Mesmo o Aston Villa pode oferecer suas armadilhas nas quartas de final, com o papel de franco-atirador e a presença de Unai Emery com ganas de implodir os antigos patrões.
Fato é que, independentemente do que ocorrer na Champions, e mesmo se o título invicto não vier, o PSG de 2024/25 merece ser visto com distinção por aquilo que produziu na Ligue 1. Os pontos fortes que reluzem na Champions são ainda mais evidentes no Francesão: é um coletivo equilibrado e com muitos recursos, que trabalha forte sem a bola e possui uma infinidade de opções com ela. Enfrentar o time de Luis Enrique é uma das tarefas mais árduas da temporada, dos laterais que ameaçam sem perder a segurança defensiva aos atacantes ambidestros que podem cortar para qualquer lado.
Há um goleiro milagreiro (apesar de nem sempre seguro) em Donnarumma, dois ases nas laterais com Hakimi e Nuno Mendes, uma liderança na zaga em Marquinhos – agora recordista em títulos na França, com dez. O meio desfruta de um verdadeiro motor com o trio principal composto por Vitinha (incrível desde a temporada passada), Fabián Ruiz e João Neves. Já o ataque tem a versão impressionante de Dembélé que se projetava desde o Borussia Dortmund, apoiado por um incessante Barcola e por um Kvaratskhelia que caiu como uma luva desde sua adição. Isso sem falar dos novatos que se projetam como verdadeiros talentos: de William Pacho a Desiré Doué, passando por Warren Zaïre-Emery, Gonçalo Ramos, Lee Kang-in e Lucas Beraldo como bons coadjuvantes.
Se não dá para chamar esse time de “PSG de Ibra e Cavani” ou de “PSG de Mbappé e Neymar”, Luis Enrique conseguiu algo mais valoroso: ser o PSG que realmente joga bola como equipe. A Ligue 1 2024/25 coroa esse rótulo com números que colocam esse grupo acima de todos os outros dez campeões anteriores. E isso merece ser lembrado por si, mesmo que o sonho na Champions não se concretize. Que a dinastia parisiense na França não tenha data para acabar, repetir tais marcas no futuro não será simples, muito embora a sensação de progressão e evolução de um elenco tão jovem (e de um projeto esportivo enfim confiável) permitam acreditar em mais.
Giro
- Se por um lado o título da Ligue 1 está resolvido, por outro há uma disputa alucinante pelas outras três vagas na Champions League. O Olympique de Marseille voltou a vencer, com os 3 a 2 sobre o Toulouse e retomou a vice-liderança, mas vem de uma crise recente e não está tão seguro com seus 52 pontos. Dois pontos atrás, o Monaco surgia em boa fase, mas perdeu para o Brest no apagar das luzes. O time do momento é o Strasbourg, agora o quarto colocado, com 49 pontos. A equipe capitaneada por Andrey Santos chegou a oito jogos de invencibilidade e cinco vitórias consecutivas, com o 1 a 0 sobre o Stade de Reims. Já o Lyon conseguiu a vitória mais importante, 2 a 1 de virada sobre o Lille, que deixou os Gones com 48 pontos. O Lille está com 47, igualado ao Nice, que perdeu para o Nantes.
- O Estrela Vermelha nunca tinha ido além de um tricampeonato consecutivo na liga nacional (desde os tempos iugoslavos) até iniciar a atual sequência de títulos. Os alvirrubros chegaram neste final de semana ao octa, menosprezando um pouco mais o hexa anterior do rival Partizan, até então o recorde no país. Boas campanhas nas competições europeias e o dinheiro garantido por elas ajudaram a cristalizar a soberania dos Crveni, mesmo com diversas mudanças de comando ocorridas no período. Tanto que o técnico Vladan Milojevic está em sua segunda passagem pelo Marakana: ganhou os dois primeiros títulos da série, mas pediu demissão no fim de 2019, antes de voltar no meio da temporada passada para mais duas taças. A campanha atual sublinha a supremacia do clube, com 28 vitórias em 30 rodadas, o que já vale uma vantagem de 23 pontos sobre o vice-líder Partizan. Em 2020/21 e em 2022/23, o Estrela Vermelha foi campeão invicto, feito que pode ser repetido desta vez – e com um aproveitamento superior. Entre os principais jogadores desta conquista, o brasileiro Bruno Duarte é o vice-artilheiro, contratado do Farense no mercado de verão.
- Numa temporada em que a briga pelas competições europeias está excelente em vários países, a Bundesliga não é exceção. São dez pontos de diferença entre o terceiro colocado e o 12°, com todos virtualmente vivos neste intervalo. A fase instável de alguns dos times mais acima na tabela deixa o cenário emocionante. Os resultados da rodada ajudaram a botar fogo na corrida, com destaque para o Borussia Dortmund: os aurinegros venceram o segundo confronto direto consecutivo, desta vez por sonoros 4 a 1 na visita ao Freiburg. A cinco pontos do G-4, o time de Niko Kovac se reaviva numa campanha bastante oscilante, mas pode ter gás no final. Já na briga pelo título, o Bayern de Munique mantém os seis pontos na dianteira sobre o Bayer Leverkusen, mas as muitas lesões preocupam os bávaros. Jamal Musiala é o mais novo e sentido desfalque do time, que totaliza sete jogadores no departamento médico.
- Por falar em emoção, a segunda divisão da Bundesliga também não deixa a desejar. Com mais seis rodadas pela frente, ao menos dez times possuem perspectivas razoáveis de acesso neste momento. As duas vagas diretas, todavia, estão mais próximas de duas camisas pesadíssimas. O Hamburgo lidera com 52 pontos e parece pronto a reativar seu famoso relógio, desligado há sete anos. O histórico de derretimentos dos Dinossauros na reta final da segundona, de qualquer maneira, não permite empolgação. Já o Colônia anda com uma sina de ioiô, mas pelo menos desta vez tende a subir, vice-líder com 50 pontos. Na sequência aparecem: Magdeburgo (46), Kaiserslautern (46), Paderborn (45), Elversberg (44), Fortuna Düsseldorf (44), Hannover 96 (43), Nürnberg (41) e Karlsruhe (40).
- O Porto já estava praticamente descartado da briga pelo Campeonato Português nesta temporada. O clássico contra o Benfica, ainda assim, terminou com uma traulitada em pleno Estádio do Dragão. Os encarnados ressaltaram suas credenciais com uma goleada por 4 a 1, placar que já tinham aplicado na Luz durante o primeiro turno e que serve de revanche após os 5 a 0 dos portistas em casa há um ano. Desde 1942/43 que os benfiquistas não anotavam tantos gols no campo dos rivais. Um dos grandes destaques do time de Bruno Lage na temporada, Vangelis Pavlidis anotou três gols e escreveu seu nome na história do clássico. O Benfica chega a 68 pontos, dois a mais que o Sporting, que empatou com o Braga por 1 a 1 no fechamento da rodada. O Porto, em terceiro, estacionou nos 56 pontos.
- Após perder do Tottenham no fim de semana, o Southampton foi rebaixado para a segunda divisão a sete rodadas do fim. É a queda mais precoce que a Premier League já viu e lhe restou brigar nas próximas semanas para não fazer ainda mais história. O principal objetivo é somar mais dois pontos para superar a notória campanha do Derby County em 2007/08. Não parece tão difícil até você perceber que o Southampton ganhou apenas dois dos seus 31 jogos. E empatou quatro. Como muitos outros promovidos em anos recentes, simplesmente não conseguiu competir na elite. Não é por acaso que Leicester e Ipswich, seus colegas de acesso, também serão seus colegas de rebaixamento. Está cada vez mais difícil permanecer na elite da Inglaterra. O Fulham conseguiu rechaçar o rótulo de iô-iô com um ótimo trabalho do técnico Marco Silva. O que claramente faltou ao Southampton, que subiu com Russell Martin praticando um estilo de muita posse de bola que foi presa fácil para a intensidade da Premier League. Essa é outra regra: alguns clubes estão conseguindo subir com times ofensivos e não conseguem se adaptar à nova régua de dificuldade. Martin ganhou um jogo. Seu substituto, Ivan Juric, com outra filosofia, ganhou mais um. E nem é exatamente por falta de dinheiro. Os três promovidos gastaram entre € 90 milhões e € 150 milhões. O Ipswich foi o segundo clube inglês com maior investimento líquido (subtraindo as vendas) da temporada. O problema é que todo mundo tem dinheiro na Premier League e naturalmente os melhores jogadores acabam indo para quem pode bancar salários maiores e/ou parece mais estruturado. Quem está mais abaixo na cadeia alimentar acaba ficando com o que sobrou ou enfrenta preços inflacionados. O Southampton teve sucesso entre 2013 e 2017 procurando valor em suas contratações. Transformando jogadores de ligas secundárias, como Sadio Mané e Virgil Van Dijk, em vendas milionárias. Hoje em dia, todo mundo tenta fazer isso. E alguns, como o Brighton ou o Brentford, fazem muito melhor.
- O Aston Villa é o único clube inglês que continua competindo em três frentes. Briga por vaga em competições europeias na Premier League, está na semifinal da Copa da Inglaterra e nas quartas de final da Champions League. E parece ter elenco para isso. Unai Emery poupou muitos titulares no fim de semana e ainda conseguiu vencer o terceiro colocado Nottingham Forest, em uma partida bastante controlada. Abriu 2 a 0 em 15 minutos, com gols de Donyell Malen, contratado em seu forte mercado inverno, e outro de Morgan Rogers, um dos poucos que não foram preservados para enfrentar o Paris Saint-Germain nesta quarta-feira. E administrou o restante da partida. A escalação do campeão europeu ainda teve nomes como Tyrone Mings, Ian Maatsen, Amadou Onana, Marco Asensio e Ollie Watkins. Apesar de uma temporada de altos e baixos no futebol doméstico, o Villa pega ritmo na hora certa e chegou a 51 pontos, em sétimo lugar. O Manchester City aparece em sexto, com 52, atrás de Newcastle (com um jogo a menos) e Chelsea com 53. O Fulham aproveitou os erros de um Liverpool desligado para encontrar três pontos raros nesta Premier League contra o provável campeão e segue próximo, com 48. Quem parece ter perdido fôlego é o Bournemouth, há seis rodadas sem vencer, e o Brighton - que depois de apanhar em casa do Aston Villa, perdeu para o Crystal Palace.
- Timo Hildebrand; Miguel, Raúl Albion, Carlos Marchena e Marco Caneira; Hedwiges Maduro, Éver Banega, Juan Mata e David Silva; David Villa e Javier Arrizmendi. Essa foi a escalação do Valencia em sua última vitória no Santiago Bernabéu, em março de 2008, até a do último sábado, quando Hugo Duro arrancou o 2 a 1 nos acréscimos do segundo tempo. Em perpétua crise financeira, o Valencia praticamente não investiu em reforços nas últimas cinco temporadas e corria risco sério de rebaixamento até a chegada do técnico Carlos Corberán, na véspera do Natal. Desde então, ele somou 22 pontos. O seu antecessor, Rubén Baraja, havia conseguido apenas 12. Deu para construir uma gordura de seis pontos para a zona de rebaixamento. Talvez seja ambicioso demais sonhar com vaga em competições europeias, embora não impossível porque a Espanha deve receber a quinta vaga na Champions League e empurrar a Conferece para o oitavo colocado, atualmente a Real Sociedad. Sete pontos a distanciam do Valencia. De qualquer maneira, uma confortável colocação no meio da tabela já parece uma vitória para os Ches neste momento.
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